28 março 2009

O SONHO!!

Depois de ver um filme na tv, fiquei ainda mais apática, cinzenta, como o dia de hoje. Desliguei a televisão, fui à cozinha em busca de algo para mastigar e decidi-me por umas cerejas suculentas que havia comprado na feira hoje.

Já na sala, liguei o som e deitei-me no sofá enquanto ouvia uma música melancólica, como o meu espírito naquele momento. Já quase imersa no sono, ouvindo apenas os acordes, permiti que o torpor me invadisse e lentamente o sono foi se apossando do meu corpo, da minha mente, até cheguei a perder a noção de onde estava.

Dei por mim a percorrer um corredor escuro, estreito e profundo, com paredes em pedras e com um cheiro forte que não soube distinguir o que era. Alguns pontos de luzes acesas iluminavam o caminho.

À minha frente seguiam dois vultos, me pareceu serem masculinos, mas estavam cobertos por um capuz, olhei para trás e vi outros dois. Senti um frio na espinha, uma espécie de medo pela primeira vez por mim sentido. Não consegui ver os seus rosto nem distinguir o sexo. Senti-me presa entre eles, enquanto caminhava em passos rápidos e amedrontados, em sintonia com os deles.

Olhei os meus pés, estava com uma sandália muito alta que me atrapalhou andar um pouco mais rápido e o meu corpo um vestido de seda muito provocante e sedutor, Por baixo apenas um lingerie brilhante, negra de seda, que apertava de lado uma fita finíssima. Senti meu rosto quente e minhas mãos frias pareciam estar pressentindo que estava por me acontecer.


Cheguei ao fim do corredor entrei num espaço amplo. Era mais iluminado fazendo me senti mais segura, olhei para traz e não vi as outras pessoas, somente os que estavam a minha frente.

Caminhei mais tranqüila até surgir outra parte escura desse corredor com algumas portas, mas elas estavam fechadas. Logo à frente vi uma luz fraca saindo da fresta de uma das portas, olhei ao meu redor e me vi só. Nem havia notado que estava sozinha, me aproximei um pouco da porta e visualizei uma sala onde devia ter uma dezena de pessoas no centro formando um circulo.

Não conseguia ver o que estava no meio do circulo e não conseguia distinguir homens e mulheres. Os seus corpos estavam cobertos por uma espécie um manto da cabeça aos pés.


Sentia-se um cheiro muito forte de sexo em toda a sala.

Aquela luz fraca que iluminava a sala vinha das velas acesas e um outro odor, levemente adocicado, que não me foi possível identificar, era afrodisíaco e que despertava meus sentidos, aquilo tudo despertou em mim um misto de medo curiosidade.

À medida que fui me aproximando do grupo que se encontrava na sala, foi-se abrindo um corredor por onde fui passando. Senti mãos que me tocavam os ombros, cabelo, braços, coxas, mas minha curiosidade foi aumentando à medida que eu me aproximava do centro da sala.

Alguém me fez parar para deslizar um dedo pelos meus lábios, insistentemente, até eles se abrirem.

Aquele cheiro adocicado estava me deixando embriagada.

Naquele ambiente, o mistério começou a interferir em minhas emoções e os meus sentidos estavam aguçados, a excitação invadia-me. Sentia os bicos dos seios arrepiados, como se tivessem acabado de ser beijados.

Finalmente vi o que estava no centro da sala,

Havia uma mesa retangular, coberta por um lençol de seda vermelho, como se fosse um altar. Junto dela, um pequeno banco almofadado tipo um puf recoberto com o mesmo lençol de cetim vermelho sangue. Senti uma mistura de medo e tesão ao ver uma mulher branca, muito branca deitada sobre aquela mesa, nua com varias mãos tocando-a.

Senti o meu corpo estremecer de antecipação por algo que desconhecia, mas imaginei que poderia trazer-me um prazer imensurável.

Quase nem apercebi quando dois homens atrás de mim começaram a passar as mãos pelo meu corpo a me despertar sensações deliciosas, mas de repente aquelas mãos começaram a me desnudar. Foram tirando meu vestido. Eram tantas mãos que eu nem sabia de onde vinham.

Senti minha lingerie sendo desamarrada por mãos sem rosto.

De repente comecei a sentir toques molhados e notei línguas passando pelo meu corpo.

Lambiam minhas pernas, meus dedos, das mãos, meus pés, minha bunda, meu anus. Que delicia aquilo! Me sentia totalmente dominada num languido prazer.

Alguém me segurou no colo e me colocou naquela mesa/altar. Sentei-me nela, enquanto olhava aquelas pessoas, não sabia se eram todos homens ou mulheres, só via bocas, línguas, mãos em busca de me dar prazer pleno. Como que obedecendo a uma ordem que não ouvi, deitei-me olhando o teto. Fechei os olhos.

Deixei-me apenas levar pelas sensações.

Mãos passeavam por corpo, pelo meu sexo, mãos suaves tiraram minhas sandálias e senti línguas entre meus dedos. Que delicia aquilo!

Línguas em meus tornozelos, de repente línguas por todos meu corpo acompanhadas por mãos, quando senti uma língua quente e molhada em minha vulva. Estremeci com todos aqueles toques.

Senti que me viravam com toda a suavidade, permitindo que eu apenas sentisse os toques suaves dos seus dedos. Encontrava-me nua, deitava naquele altar, sabendo que estava rodeada de pessoas que desconhecia, das quais apenas ouvia os murmúrios de exclamação.

Senti mão fortes me erguendo e línguas novamente em meu anus, senti que ela entrava dentro dele, me dando uma sensação incrível.

Senti uma dor alucinada com a penetração de um penis tão teso, tão ereto que mais parecia um pedaço de pau sem envergar, entrando dentro de mim. Logo em seguida outro entrando em minha vulva, mãos acariciando me grelo, bocas sugando meus seios. Me senti invadida, uma mistura de dor e erotismo a me dominar. Me senti alucinada.

Percebi que estava sendo usada e meu tesão estava ao extremo.

Peguei uma daquelas bocas e comecei a sugar aquela língua que estava me dando prazer. Sentindo que eles entravam e saírem de dentro de mim. A dor havia ido embora e deixando aquele prazer doido, quando meu corpo estremeceu num gozo nunca até então sentido.

Acordei completamente encharcada, ainda sentindo o toque daquelas mãos, com meu sexo satisfeito pelo prazer sentindo.

Olhei pela janela que dia lindo...


Sapékinha


Te amo Mr.P